Olá, gente! Essa semana daremos continuidade ao plano de redenção. Já falamos da Criação, Queda e suas consequências, Noé, e agora trataremos de Abrão com o Pr. Alexsandro, que atualmente se encontra em Vitória da Conquista/BA.
E aí mocidade conga! Paz de Cristo!
Que Deus abençoe-nos a cada dia no entendimento de sua Eterna Palavra!
É bom lembrar que o propósito do livro de Gênesis não é o de dar uma narrativa completa, detalhada e sequencial do início da humanidade. Seu título foi dado em função da primeira palavra que aparece no texto hebraico (transliterado: Bereshíth) que significa começo. Levando em conta que de Adão à Abrão já se passam 2000 anos. Não devemos esperar por narrativas detalhadas sobre os episódios que se desenrolam no início de todas as coisas (haja livro rsrsrs). O ideal de Deus ao inspirar o Gênesis é se revelar como o Deus Criador (criação), Conservador (Dilúvio, Babel, Sodoma e Gomorra, Egito) e Planejador (Patriarcas, Terra prometida, Construção de uma nação, Linhagem piedosa para a vinda do Messias) de todas as coisas. O caráter e atributos de Deus são manifestos em todo tempo nas letras do primeiro livro da bíblia.
É importante também ressaltar que a revelação de Deus é progressiva, gradual e crescente, tendo seu ápice em Cristo. Por isso, ainda que haja pontos de difícil entendimento no livro de Gênesis, podemos compreender a vontade de Deus ali expressa. Para isso devemos levar em conta as muitas citações (mais de 80) em 14 dos livros do Novo Testamento que são extraídas do Livro de Gênesis. Além delas servirem de comparação para uma melhor percepção, servem também para reforçar que estamos diante de um texto inspirado pelo Deus Eterno, fazendo cair por terra todos os argumentos dos teólogos liberais. Questionar a inspiração, relevância e autenticidade do livro de Gênesis é pôr a prova quase todo o Novo Testamento.
Depois de estudarmos sobre a Criação, a Queda e algumas das suas consequências, podemos agora avaliar sobre o chamado de Abrão e os desdobramentos da graça do Deus que tem o controle de todas as coisas. Analisando Gênesis capítulos 1-11, percebemos que há uma citação tímida da diferença entre os Filhos de Deus e os Filhos dos Homens, mas quando chega ao capítulo 12, Deus se revela de forma especial, dando a entender qual seu plano para a redenção da humanidade: FORMAR UM POVO, preservando uma linhagem de homens piedosos, e por meio de tal genealogia trazer seu Filho ao mundo.
Quero dividir a explanação do capítulo 12 em quatro partes, como segue:
1- SEPARADOS PARA ABENÇOAR
“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Gênesis 12:1-3
O texto em questão expressa três verdades fundamentais sobre Abrão:
a- Herdaria uma terra (Canaã);
b- Tornar-se-ia uma grande nação;
c- Abençoaria todas as nações.
A promessa de redenção no capítulo 3:15, trás uma expectativa no coração dos primeiros habitantes da terra, a pergunta do momento era: Será que o prometido de Deus virá em nossa geração?. Vemos Deus levantar homens piedosos como Enos, Enoque e Noé. Porém agora Deus separa Abrão, o mesmo se tornaria Pai da Fé, e aí se inicia uma jornada que logo trará a tona uma
nação, através de Isaque, Jacó, José, e em seguida o Senhor despertará Moisés para ser um grande Legislador e iniciador da conquista da Terra Prometida, afinal de contas uma nação precisa de um território.
Ur dos Caldeus, ao tempo de Abrão, havia conquistado a liderança do mundo antigo. Sob o domínio dos reis Ur-Engur e Dungi, a cidade Ur imperou do Golfo Pérsico ao Mediterrâneo. Quando Deus ordenou que Abrão saísse de sua terra, não se tratava de uma decisão fácil, pois ele tinha toda uma estrutura familiar e socioeconômica, ao contrário do projeto divino, que era de levá-lo para uma terra que ainda seria mostrada, o que você faria no lugar de Abrão? Seus projetos são mais importantes do que a direção de Deus?
É bom salientar que apesar de Abrão ter sido separado por Deus, a intenção não é fazer dele um ser estranho, somente apartado do mal de sua geração, sem fundamento e propósito. Em Josué 24:2 lemos que Terá, pai de Abrão, servia a outros deuses, o mesmo não fica claro com relação a seus dois filhos, vivos á época, Abrão e Naor, porém a graça salvadora se manifesta a Abrão e ele é escolhido por Deus para escrever uma nova história. O versículo três de Gênesis 12 finaliza dizendo que Deus quer que todas as famílias da terra usufruam da bênção d’Ele. O que só será possível com a vinda do libertador Jesus Cristo. Nesse sentido poderíamos dizer que Abrão se torna o Pai da Fé monoteísta.
Assim como Deus separou Abrão para uma obra de dimensões eternas, devemos compreender que nossa vida deve ser também instrumento de impacto e mudanças significativas, deixemos o Senhor nos usar para sua glória. Devemos pedir a Deus que a nossa santificação seja atrativa e não repulsiva, pois dessa forma iremos cumprir a vocação natural da Igreja que é conhecer a Deus e torná-lo conhecido.
Deus diz que Abrão seria uma bênção e que abençoaria todas as nações da terra, fica claro e definido o projeto de um Deus que nunca foi exclusivista, mas que já tinha os povos em seu coração e em seu Plano eterno de redimir a humanidade. Vemos aqui um Deus que tem o controle da história e que provê todas as coisas para que sua vontade se estabeleça. Lembre-se: Cristo é o autor de toda bênção, portanto o texto se cumpre cabalmente em nosso Salvador, de modo que Ele é o desejado de todas as nações, é o que regerá as nações com vara de ferro, Ele é dono da promessa: Pede-me e te darei as nações por herança, no Salmo 2. Você tem sido uma bênção? Deus pode contar com você para cumprir seus projetos?
Pois é, teríamos mesmo essa coragem que Abrão teve? Sair da zona de conforto nunca é fácil. converse com os jovens de sua igreja e estudem a história de Abrão! Semana que vem teremos mais. Aguardem!
Ênedy Fernandes
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O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!