Essa semana continuaremos a falar deste tema que é central da carta de Romanos: a Graça soberana de Deus. Por se tratar de um capítulo bastante denso vamos dividir o capítulo 9 de Romanos em duas partes. O texto é do nosso querido secretário Arthur Galvão!
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Falar de Romanos capítulo 9, por ser palavra de Deus, já é uma tremenda responsabilidade. Adicione-se a essa realidade o fato de que o texto em si é extremamente rico, nos passa diversos (muuiiiitooos) ensinamentos e ainda, na maioria das vezes em que é exposto causa mais confusão do que esclarecimento.
Este trecho da carta relata o propósito universal de Deus em relação aos judeus e aos gentios, evidencia a emocionante declaração de amor de Paulo por Israel — sua angústia por causa da alienação deles, e mostra como a providência de Deus atua no tocante a promoção da sua obra salvadora que encontra o cumprimento na pessoa do Cristo.
A essência do argumento de Paulo que o Evangelho pregado por ele não constituía nenhuma inovação era credenciado pelas Escrituras hebraicas, era o cumprimento da promessa de Deus aos pais; proclamava o caminho de Deus para a justiça mediante a fé, pelo qual Abraão fora abençoado, estava e está ainda aberto para todos os que cressem em Deus como Abraão.
Contudo, foi um paradoxo, para não dizer escândalo, que a própria nação que fora especialmente preparada para esse tempo de cumprimento, a nação que podia gloriar-se de tantos e tão singulares privilégios da graça divina (vs 1-5; incluindo-se acima de todos a esperança messiânica), a nação na qual, na ocasião devida, o Messias viera a nascer, não o tenha reconhecido quando veio, enquanto que homens e mulheres doutras nações que nunca tinham desfrutado aqueles privilégios, abraçaram o Evangelho. Como poderia isto acomodar-se com o fato de Deus ter escolhido a Israel, e com o seu expresso propósito de abençoar o mundo por meio de Israel?
Paulo defende a fidelidade da aliança de Deus. Ele fundamenta sua defesa dizendo que as promessas de Deus não se destinavam a todos os descendentes de Jacó, mas sim a "um Israel dentro de Israel", um remanescente, uma vez que ele sempre agiu de conformidade com o seu "propósito conforme a eleição".
Na carta ele expõe que o verdadeiro judeu é o homem cuja vida exalta a Deus; que a linhagem natural e a circuncisão física não são as coisas de maior importância. Deste modo demonstra que nem todos os descendentes de Israel são israelitas quanto ao ser interior, que nem todos os descendentes de Abraão são "filhos de Abraão" no sentido espiritual por ele explicado no capítulo 4 da carta.
Arthur Galvão
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