Semana passada falamos, além de outras coisas, sobre a conversa que Jesus teve com uma mulher samaritana, quebrando vários tabus ali. No capítulo 5 de João também encontramos outra quebra de paradigma, quando Jesus realiza uma cura no sábado. Os judeus eram bastante rígidos com as atividades nos sábados, aquele homem que foi curado não podia carregar um leito aos sábados. E quando os judeus souberam que ele havia sido curado, maior foi o alvoroço. Eles o perguntavam quem o havia curado, mas ele não sabia.
Em diversas passagens percebemos a humildade de Jesus e desejo de promovera glória do Pai, e não dEle mesmo. Nesse episódio, Jesus percebe que havia muita gente por ali e decide se retirar. Ele poderia simplesmente ficar e se gloriar de ter curado o homem.
No capítulo 6 vemos outro exemplo disso. Jesus, depois da famosa multiplicação de pães e peixes, se retirou do local, e João é categórico em dizer que Jesus se retirou porque sabia que a multidão iria, eufórica, proclamá-lo rei.
No dia seguinte após a multiplicação, a mesma multidão procurou Jesus, e quando o encontraram ouviram dele um discurso difícil de compreender sem se escandalizar. Primeiro ele fala que a multidão estava interessado apenas no pão físico, depois ele fala do pão do céu. Ele era o pão da vida, e aquele que bebesse do seu sangue e comesse da sua carne teria vida.
Os discípulos não entendiam o que aquilo significava, e muitos acabaram o deixando, por acharem que era só um lunático falando de canibalismo. Finalizamos aqui com a resposta que Pedro dá quando Jesus pergunta aos doze se eles também não queriam o deixar:
"Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens as palavras da vida eterna.
E nós já temos crido e bem sabemos que tu és o Santo de Deus."
Ênedy Fernandes
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