segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Estudando a Bíblia Entre Irmãos - Ismael e Isaque (pt. II)




1- IMEDIATISMO PODE SER UM GRANDE PROBLEMA

       Primeiramente, é seguro dizer que entre a promessa que Deus fez a Abrão de dar-lhe um filho e o nascimento do mesmo muitos anos se passaram, talvez quase três décadas! Como foi dito na semana passada, olhando de fora parece simples criticar a atitude de Sara em dar a sugestão de Abraão ter um filho com Agar e o mesmo aceitar a sugestão. Mas pense que já havia se passado dez anos desde que Deus prometeu descendência ao patriarca (veja o final de Gn 16:3). E olhe que mesmo após o nascimento de Ismael houve um período de mais 14 anos até o nascimento de Isaque, o filho da promessa.

       Esse fato nos mostra que imediatismo é uma coisa perigosa, principalmente hoje em dia, que tudo que demora mais do que um clique de mouse já está demorando demais. Com Abraão percebemos que o querer "aqui e agora" pode trazer prejuízos irreparáveis para nossas vidas. Como já dito também, essa pressa dele rendeu uma rivalidade que se extende até os dias de hoje. Embora não seja um consenso, existe uma grande possibilidade que os árabes sejam descendentes de Ismael, e sabemos das tantas mortes que essa rivalidade entre árabes e israelitas já causou.

       Conclusão: Deus não precisa de ajuda, ele é onipotente. Precisamos ter o discernimento para perceber se não estamos colocando colocando a carruagem na frente dos bois.

2- UM GRANDE OBSTÁCULO PODE (E DEVE!) SER UMA OPORTUNIDADE DE FORTALECIMENTO

       Após algumas décadas, Abraão e Sara finalmente veem o filho da promessa nascer. Ambos se regozijam e dão graças ao seu Deus, que foi fiel e cumpriu sua promessa. Mas, de repente, esse mesmo Deus ordena que este filho seja sacrificado. Novamente, é preciso "entrar" na história pra entender como Abraão, sem titubear, simplesmente levantou, e de madrugada mesmo saiu para cumprir o que Deus mandou.

       O nascimento de Isaque foi para o patriarca a prova de que Deus, não "só" era todo-poderoso, mas que era fiel à Sua própria palavra.

       Em Hebreus 11:17-19 nós vemos o autor considerando que Abraão entendeu que não precisava temer àquela ordem divina, ele entendeu que Deus tinha poder para ressuscitar Isaque, caso fosse necessário. Não estou de forma alguma querendo considerar que obedecer a Deus e ir sacrificar seu filho foi algo fácil e tranquilo para Abraão, apenas que ele não Põs em cheque de forma alguma a soberania de Deus, ele simplesmente aceitou e confiou que Isaque seria aquele que o daria grande descendência.

       Conclusão: Mesmo que pareça uma contradição absurda e sem sentido, sempre será melhor obedecer. 

CONCLUSÃO

       Em última instância, esse episódio de Isaque aponta para Cristo. Podemos estabelecer uma ponte pelo fato de que a vida de Isaque foi poupada, e em seu lugar o cordeiro foi imolado. E sabemos que o sacrifício que Cristo fez foi de igual forma substitutivo. O AT está cheio de referências tanto da vinda de Cristo quanto do seu sacrifício. Que de igual maneira estejamos, durante toda nossa vida, nos remetendo a este sacrifício final e perfeito que nos livrou da condenação eterna!

       Então é isso, pessoal! Finalmente encerramos nossa "fase abraâmica". Agora iremos dar um salto histórico, a partir de semana que vem falaremos da instituição da páscoa! Até lá!

Ênedy Fernandes




O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

Nenhum comentário:

Postar um comentário