segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Estudando a Bíblia entre irmãos - Aliança Abraâmica (pt. I)




            Olá, gente! Hoje estaremos com nosso 1º Secretário, o ilustríssimo Arthur Galvão (rs). Como eu já tinha dito, continuaremos com Abrão, mas a partir do capítulo 15 nós vemos mais especificamente a aliança de Deus com Abrão. É a partir de lá que Deus promete um filho à Abrão, Deus muda os nomes de Abrão e Sarai (cap. 17), Ismael nasce e Isaque também, entre outras coisas. Vamos lá!

            Este capítulo consiste de dois encontros divinos (15.1-6 e 15. 7-21) que envolve o diálogo entre o Senhor e Abraão e imagens poderosas simbolizando a presença e promessas de Deus. O primeiro ocorre à noite (15.5), como uma visão (15.1), e pertence à semente prometida. O segundo ocorre ao pôr-do-sol (15.12), parcialmente em um sono profundo (15.12), e pertence à terra prometida. O Senhor prometeu uma recompensa (vs.1-7), Abraão questionou Senhor acerca de sua herança (vs. 2-3,8) e o Senhor respondeu com uma visão (vs.4-5, 9-21). Com essa narrativa Israel aprendeu sobre a natureza da fé e a certeza da possessão da terra. E é por meio desse exemplo que os crentes aprendem sobre a natureza da fé que possuem e a certeza de sua herança em Cristo.

            Neste capítulo, o Senhor realiza uma aliança imutável. A posteridade de Abraão receberá a terra das nações que ocupam Canaã (ver Ne 9.7, 8). A aliança que Deus declara na narrativa de Abraão é desdobrada em dois estágios, conformando-se às promessas anteriores de fazer de Abraão uma nação (12.2) e de fazê-lo uma bênção às nações (12.3).

            No versículo 1 diz “depois destes acontecimentos” refere-se a todas as cenas de Gênesis 12–14, contudo é conectado mais estreitamente ao capítulo 14. Saindo da retaguarda da batalha, a frase “a palavra do Senhor veio a Abraão” (Gn 15.1) tem o caráter de uma concessão real a um oficial para o serviço militar fiel. O galardão é utilizado para a compensação devida aos que têm conduzido uma campanha militar. O galardão de Deus assume o lugar do despojo (14.22-24). Além disso, a ordem divina, em seguida “não tenha medo”, pressupõe que Abraão espera represália de algo ou alguém. Quando a bíblia relata que “veio a palavra do Senhor”, como em outros lugares do Antigo Testamento, introduz uma revelação a um profeta. A inferência de que Abraão é profeta se torna explícita em Gênesis 20.7 e Salmo 105.15.

            A metáfora com “eu sou teu escudo” representa Deus como alguém que protege seu guerreiro. Em seguida a bíblia relata “e teu galardão será sobremodo grande”. Este é um termo utilizado para o pagamento de alguém pelo serviço. O galardão de Abraão pelo serviço fiel é muito maior que o espólio mesquinho que o rei de Sodoma ofereceu. Somente Deus pode galardoar a Abraão com uma descendência inumerável e uma terra que outros possuem. Não obstante, o tesouro incomensurável de Abraão é ter o Senhor mesmo como seu Deus (Gn 17.8).

       Nos versículos que seguem o texto (vs.2-3), Abraão queixa-se de sua posição. Contudo é relevante salientar que em sua queixa, Abraão não compromete seu papel de ser o escravo do Senhor, quando afirma “Senhor Deus”. Não podemos deixar em branco o fato de que viver sem filho poderia ser um sinal do juízo divino (ex: por incesto [Lv 20.20, 21] ou impiedade [Jr 22.30] ou uma oportunidade de para Deus fazer sinais e prodígios (Jz 13.2; 1Sm 1.1–2.10; 54.1-5). Por conseguinte, os versos 4-5 mostram a resposta do Senhor dando garantia, promessa e sinal do Senhor (15.4, 5). A representação de descendência como estrelas incontáveis não é apenas uma promessa extraordinária, mas uma garantia do poder criativo e soberano de Deus. Em seguida no verso 6 encontramos o núcleo da doutrina da justificação pela fé e não pelas obras (Gl 3, 6-14). Abraão creu na promessa do nascimento de um herdeiro (Rm 4, 17-21; Hb 11, 11-12) e Deus o considerou como justo, ou seja, como tendo satisfeito as exigências de sua aliança. A fé de Abraão se tornou um modelo para todos os que creem na ressurreição de Jesus Cristo, que foi o sacrifício pelo pecado, e confiam na justiça de Cristo creditada a nós pela fé. Sem contar que Abraão é o pai espiritual de todos aqueles que creem (Rm 4, 11; Gl 3, 7).

            E é isso! Semana que vem continuaremos no estudo da aliança propriamente dita de Deus com Abrão. Até lá!

Ênedy Fernandes



O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

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