quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Lidando com os Traumas e a Vida Relacional | JUVENTUDE PARA TODOS


Desde o mês de julho deste ano, uma vez por mês, estamos nos baseando na vida de Israel para comentarmos sobre a vida relacional. Você consegue lembrar sobre quais foram os 4 assuntos já falados aqui? ... ... ... (Acho que não... rs) Vou te lembrar: a importância do diálogo, brigas e reconciliações, criação de filhos e o relacionamento com sogros e sogras. 

Pois bem, o assunto de hoje, até para começar é difícil, perceberam a volta que fiz aí em cima?!, mas posso dizer que Israel é conhecido por ter sido o pai das 12 tribos da nação descendente de Abraão, no entanto, pouco se comenta sobre uma filha que ele teve, Diná. Nosso personagem e sua família experimentaram uma das piores sensações que um pai pode ter em relação a uma filha, sim, Diná foi estuprada!

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Não há muito que dizer, o início dessa trágica história é bem semelhante ao que tantas vezes ouvimos falar por aí: Uma moça saindo para visitar as amigas e então um jovem a olha com cobiça e tem relações sexuais com ela a força.

Os cidadãos de hoje não diferem dos conhecidos costumes de baixa moralidade da antiguidade, assim como naquela época (mais de 4 mil anos atrás), ainda hoje ouvimos comentários do tipo:  “A culpa é de Diná pois não poderia andar por aí sem seus irmãos...”, ou “olha também aquela roupa que Diná estava usando...”. Trágico, não houve evolução nesse sentido.

O ato irracional, insensato, maluco, tolo, doloso, bárbaro, absurdo, criminoso e etc, partiu do jovem Siquém, que posteriormente foi morto juntamente com todos os homens de sua cidade pelos irmãos de Diná. A reação de Jacó foi uma, a de seus filhos foi outra, a vingança foi feita, mas a verdade é que nos dias atuais, muitas "Dinás" ainda sofrem abusos de tantas maneiras que isso deve provocar em nós um sentimento de empatia, não de apatia. 

Não podemos nos inspirar para imitar nenhum dos personagens, pois como disse o teólogo Waltke, “Ninguém nesta história escapa à censura”.  A violência dos irmãos, a imprudência de Diná, no entanto as piores falhas são direcionadas ao nosso personagem em questão: Jacó, o pai da jovem. Apático, silencioso e omisso, são as palavras que definem o comportamento dele diante de tão grande desonra, ele agiu bem diferente quando recebeu a notícia da morte José, pois rasgou a suas vestes e lamentou durante muitos dias. O papel daqueles que tomam conhecimento de ato tão repugnante deve ser o de prestar todo apoio possível, por mais difícil que seja. O isolamento, o distanciamento, a insegurança, as dúvidas, a vergonha não vão ajudar em nada, o que pode fazer a diferença é a solidariedade e a ação, o apoio e a motivação.

Se começar foi difícil, concluir com algo definitivo nesse assunto é ainda pior, ainda mais ao pensar na realidade de tantas pessoas que enfrentam esse trauma nas suas lembranças, mas a decisão de dialogar sobre isso com alguém de confiança é o melhor caminho, o silêncio poderá acarretar problemas pessoais e até mesmo situações em que a violação torne-se recorrente. Falar sobre tudo isso é muito triste e doloroso, mas é o necessário. Não nos calemos!

          
O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

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