segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Vamos falar sobre o homossexualismo*? | Evangelismo e Discipulado




Bissexual, transsexual, gay, lésbica, travesti... Diversas são as classificações quando se trata de sexualidade, hoje se tornou algo tão complexo, que não basta se auto definir homo ou heterossexual como a algum tempo atrás, vai muito além disso. 

Baseado no fato que estamos vivendo no mundo onde tudo é permitido, desde que seus desejos sejam satisfeitos, estaria tudo bem. Mas nós, cristãos (que temos na Bíblia a vontade de Deus expressa através de homens inspirados por Ele mesmo), concordamos que tudo o que foge dos padrões estabelecidos por Deus é pecado, e pecado leva a separação do homem com o Senhor (Rm 3:23).

Portanto, o homossexualismo é um pecado (Rm1:26-27) e deve causar repúdio em todos aqueles que se dizem seguidores de Cristo. 

Mas, infelizmente, os cristãos evangélicos, principalmente, estão vivendo em dois extremos, ou super valorizam, de uma forma assombrosa, o pecado da prática homossexual, tratando-o como o pior dos pecados, ou aceitam e celebram o mesmo.

Não é difícil compreender o porquê há um choque do primeiro extremo com a palavra de Deus. Na bíblia, podemos encontrar inúmeros textos afirmando que TODOS os seres humanos são totalmente depravados, já nascem com uma natureza contrária à natureza divina (como o salmista diz, "em pecado me concebeu a minha mãe"), amam o pecado e são, portanto, inimigos de Deus. 

Baseado nisto, pergunto: 
Seríamos nós, cristãos, melhores que os homossexuais?

 Certamente, não. 

 Qual diferença, então, há entre nós? 

Simples, a graça de Deus. Se não fosse isso, estaríamos na mesma condição que eles, ou até pior. 

O triste é perceber que, muitas vezes, esquecemos do lamaçal de pecado do qual fomos retirados, e apontamos facilmente o dedo para aqueles cuja salvação ainda não chegou. E, mais triste ainda, é quando se trata de homossexualidade... 

Aí misericórdia! 

Você é desrespeitoso com sua (seu) companheira (o), mente, é viciado em pornografia, faz fofoca, e etc? A gente da um jeitinho, afinal, aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra. Você é homossexual? Humm... Sabe que vai para o inferno, né? 

Parece exagerado? Sinto em informar, isso não é nada comparado aos absurdos que ouvimos por aí. Infelizmente, nós estamos tratando o homossexualismo como o "pecado-mor" do momento. Estamos nos esquecendo que TODO pecado é incompatível com a santidade de Deus, independe de qual seja ele ou da consequência que o mesmo cause. E, desse modo, devemos expor ao pecador, seja ele quem for, sua condição espiritual, mas em amor e misericórdia.

Devemos evangelizar os homossexuais, sim! Mas não podemos esquecer que eles, em sua maioria, são pessoas (isso mesmo, pessoas como eu e você) desprezadas e marginalizadas pela sociedade, muitos, por não terem apoio (o que nao quer dizer aceitação da prática homossexual) da família, acabam no mundo da prostituição, reféns da rua, e também das drogas, são pessoas que vivem em conflito consigo mesmas, que sofrem todo tipo de violência possível... Ou seja, são pessoas que estão cansadas de dedos de acusação apontados para elas (o que nos faz lembrar o caso da mulher adúltera), estão desejando um colo, um ombro amigo, uma palavra de ânimo...

Nos preocupamos tanto em falar o plano da salvação (o que não é errado, não entendam mal), mas precisamos saber transmitir esta mensagem. As vezes, um simples abraço no momento correto transmite muito mais do evangelho que um sermão inteiro. 
Não estou com isso tirando um valor da palavra, ao contrário, ela é o poder de Deus, mas ela precisa ser usada de forma  sábia, e mais que isso, ela precisa estar no nosso coração e na nossa forma de viver, pois, certamente, a evangelização ocorrerá com a naturalidade que deve ter nas atitudes e palavras.

Portanto, temos que compreender, que o pecado da homossexualidade é um pecado como qualquer outro, merece ser rejeitado por aqueles que são chamados filhos de Deus, mas não podemos nos permitir fazer o mesmo com aquele que o comete, na verdade, devemos olhá-lo da mesma forma que Jesus olhou para a multidão que o seguia, cheio de compaixão (Mc 6:34). Devemos entender, de uma vez por todas, que a graça é o que nos distingue de um homossexual, pois estávamos imersos nas trevas tanto quanto eles estão hoje, e a misericórdia do Pai nos alcançou, e pode alcançá-los, se essa for a vontade de Deus. 

O homossexualismo tem graves consequências, que talvez outros pecados não tenham, mas os pecados que nós cometemos são tão graves quanto. Por isso, tendo consciência do que nos aproxima (pecado) e do que nos afasta (graça), devemos transmitir o evangelho a essas pessoas (e não so a elas, claro) com humildade, reconhecimento de quem nós somos e amor.

Que o Senhor nos ajude!

Camilla Alves

*O sufixo "-ismo" na palavra aqui utilizada exprime somente o sentido de ideologia, enquadrada em uma posição, comportamento ou ideal assumido.

O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!


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