segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O Que Precisava Reformar? | Evangelismo e Discipulado

A reforma protestante está fazendo aniversário, e que aniversário! Quinhentos anos não é para qualquer um! Pensando nesta ocasião tão importante e cheia de significado, a Coordenadoria de Discipulado e Evangelismo (CED) irá, ao longo deste mês, escrever textos baseados neste tema. 

Basicamente, a Reforma Protestante foi um movimento cujo objetivo era confrontar as condutas e crenças da Igreja Católica. Mas nem só de Martinho Lutero se fez a Reforma! Alguns fatores que antecederam esse marco foram essenciais para que, 31 de outubro de 1517, Lutero fixasse as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, inclusive, existiram muitos pré-reformadores que davam claros sinais de que muitas mudanças eram necessárias. 

Por ser o primeiro, iremos abordar neste texto um resumo das quatro causas principais que levaram a reforma.

Primeiro, veremos a questão religiosa! Bem antes do século XVI, o cristianismo caiu numa profunda decadência, moral, ética... O clero, alto e baixo, se tornou ignorante, descumpridores de seu real dever, imorais, tinham relacionamentos sexuais depravados no mais alto grau, tratavam os cargos eclesiásticos como moeda de troca... A igreja havia se desviado de forma assustadora dos ensinos do evangelho! O Deus de Israel já não era mais o único que merecia adoração, pois os cristãos estavam dividindo-a com Maria e outros santos. Muitas relíquias também viraram objetos de idolatria. Agora, Jesus não era mais o mediador, mas os líderes religiosos apelavam aos santos e as mágicas relíquias para interceder pelo povo, já que “o mundo estava infestado de demônios devoradores de almas e prontos a levar todos ao inferno”, sem falar das indulgências.

No âmbito político, econômico e social, a situação não estava nada legal. A Idade Média viveu inúmeras guerras, revoltas e surgimento do capitalismo. Havia muita fome em tempos específicos, epidemias, como a peste bubônica (ou peste negra), a desordem e a morte eram pontos fortes. E, claro, tudo isso se refletia na condição de vida da sociedade, pois levavam as pessoas a imergirem em um estado de insegurança, ansiedade, melancolia e pessimismo. Todos estes sentimentos eram claramente observados nas gravuras que se viam em toda parte com um esqueleto dançante denominado “dança da morte”.




Os fatos mencionados acima não lembram um pouco a história dos israelitas? Assim como nos tempos antes da reforma, por diversas vezes, o povo escolhido se encontrava em total depravação, esquecendo-se de tudo o que o Senhor havia feito, se entregando as próprias paixões, adorando outros deuses... ou seja, fazendo o que era mal aos olhos de Deus. Então, com a permissão do próprio Senhor, muitos reinos atacavam o povo, fazia-os de escravos, até que eles se arrependiam dos seus pecados e clamavam a Deus por libertação. Claro que são histórias diferentes, mas quero destacar aqui a providência divina, pois creio que todos esses antecedentes históricos que contribuíram para a reforma estavam nos planos do Pai, de forma minuciosa, para que o nome d’Ele fosse glorificado através deste movimento reformista, que reverbera até os dias de hoje e que insiste continuamente em nos lembrar que: Soli Deo Gloria, Sola Fide, Sola Gratia, Solus Christus e Sola Scriptura

Deixo como recomendação o site http://reforma500.ipb.org.br.

Camilla Alves

O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

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