Vida de Concurseiro | JUVENTUDE PARA TODOS

              Quando eu era criança (a pouco tempo atrás), eu aprendi uma dessas musiquinhas que ensinam o abecedário que tinha uma introdução que eu nunca consegui esquecer. Ela dizia assim: 

"Quando a gente cresce um pouco é coisa de louco o que fazem com a gente, 

tem hora pra levantar, hora pra se deitar, pra visitar parente.

Quando se aprende a falar, se começa a estudar, isso não acaba nunca!"

              Eu naquela época já percebia que até chegar ao Ensino Médio eu teria que caminhar (e me acabar de estudar) muito, mas quem diria que o trecho "não acaba nunca" era mais literal do que eu imaginava? Hoje, já estando graduada e tudo mais, continuo quebrando a cabeça e estudando quase do mesmo jeito de antigamente.

              QUASE, porque agora na vida de quem já cresceu um bocado, a rotina é uma loucura e encaixar os estudos no meio disso tudo parece um pouco impossível. Tanto que muita gente foge dessa possibilidade, porque numa diante de tantos compromissos, onde tempo pra respirar é artigo de luxo, apertar ainda mais os horários para (re)aprender assuntos como Português, Matemática ou Informática é um sacrifício pesado demais. E é mesmo.

              De uns tempos para cá comecei a me dedicar aos estudos novamente, e desta vez visando a aprovação num concurso público. Você talvez esteja correndo atrás de um diploma, quem sabe de uma promoção, mas o mais interessante é que é estudando que percebemos a necessidade de, realmente, não quebrar esse fluxo de conhecimento. A Patrícia pequenininha já tinha sérios problemas com sintaxes e coordenadas de gramática, e hoje volto a ver tudo isso com uma consciência maior de como aquilo tem relevância no meu dia a dia. Sem falar no que descubro através das legislações tão complexas que regem o nosso país e que, mesmo tendo tanto peso no que acontece na nossa realidade, a gente tem tão pouco contato. Já parou para pensar nisso? Pode parecer conversa de mau perdedor, mas sinceramente esse é um dos motivos que faz valer a pena mesmo que eu acabe não sendo aprovada.

              E depois? Depois tem as novas informações que preciso aprender para realizar bem o meu trabalho. Depois disto tem a pós, e quem sabe um mestrado?  E depois tem muitos outros desafios pela frente, porque aprender é bom e faz bem. Se eu fosse você me jogava numa dessas!

Patrícia Rodrigues

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O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!