segunda-feira, 25 de julho de 2016

O Evangelho: O "novo" Israel (pt. I) - Estudando a Bíblia Entre Irmãos


Ainda hoje muitos cristãos se confundem bastante acerca da situação de Israel a partir da nova aliança. Deus ainda tem um plano para a nação de Israel? Ou Deus realmente baniu a nação israelita por sua desobediência? No último post já falamos um pouco sobre esse tema, e a partir de agora vamos focar mais nessa temática pra tentar esclarecer essas questões. Então vai lendo devagar pra conseguir entender tudo! rs

--

Por outro lado, os judeus não queriam entender que a lei apontava para Cristo e que ele a cumpriu completamente, significando que em Cristo houve um "fim" da lei no sentido de "conclusão", indicando que Cristo aboliu a lei. Porém a abolição da lei nesse sentido não confere qualquer legitimidade, seja aos “antinomianos”, que afirmam que podem pecar à vontade porque não se encontram debaixo da lei, mas sim da graça, seja àqueles que sustentam que a própria categoria da "lei" já foi abolida e por isto o único absoluto que resta é a lei do amor. Na mesma carta Paulo deixa claro que esses dois pensamentos devem ser excluídos da vida de um discípulo de Cristo (Romanos 6, 15).

É visível que a fragilidade da lei é a nossa própria fragilidade. Já que nós a desobedecemos, ao invés de trazer-nos vida ela nos coloca debaixo de sua maldição; e esta seria a nossa situação se Cristo não nos tivesse redimido da maldição da lei ao fazer-se maldição por nós.

Desta forma, os que se confiam na vida e obra de Cristo jamais ficarão "desapontados". Esta justiça que Deus anuncia é aberta a todos os homens e mulheres de fé, sem distinção, sejam judeus ou gentios. Sua misericórdia salvadora é prodigalizada sem discriminação nem restrição: todos os que o invocam a recebem. Cristo é o alvo e o término da lei no que se refere à justiça. Não precisamos fazer mais coisíssima alguma para sermos justificados. Tudo o que era necessário fazer já foi feito. Além do mais, já que o próprio Cristo está perto, o evangelho de Cristo também está perto. Encontra-se no coração e na boca de todo crente em Jesus.

Isso deve ser ressaltado, foi Cristo, tão-somente ele, que, por sua vida, morte, e ressurreição cumpriu plenamente as exigências da lei, e por isso assegurou para si mesmo a aprovação do Pai e o lugar à sua destra, e para seus seguidores, a vida eterna. Assim, todos aqueles que põem sua confiança em Cristo, a vereda que conduz à salvação se tornou, num sentido, incrivelmente fácil. Aquilo que era infinitamente difícil, duro e doloroso, de fato impossível para os pecadores, foi realizado por Cristo.

A verdade a ser realçada é que a tarefa realmente difícil não nos cabe enfrentar. Ela já foi realizada por Cristo, para nós. Foi ele quem desceu do céu, habitou entre nós, sofreu por nós agonias, morreu, foi sepultado, ressuscitou e subiu ao céu. A obra difícil foi realizada por ele, portanto, qualquer tentativa de nossa parte de subir ao céu para trazer a Cristo equivaleria a uma negação muitíssimo ingrata da realidade e do valor da encarnação de Cristo.

É interessante também pensar que por um lado, Cristo é a meta visada pela lei, no sentido de que ele é a encarnação da perfeita justiça, sendo que veio a "engrandecer a lei e fazê-la gloriosa”. E a lei é cumprida na vida daqueles que estão "em Cristo Jesus". Por outro lado, Cristo é a terminação da lei no sentido de que, com ele, a velha ordem, da qual a lei fazia parte, foi eliminada, para ser substituída pela nova ordem do Espírito. Nesta nova ordem, a vida e a justiça são acessíveis mediante a fé em Cristo; portanto, ninguém precisa tentar obter essas bênçãos por meio da lei.



Arthur Galvão


O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

Nenhum comentário:

Postar um comentário