quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eu sou medíocre?


Antes de entrar na epistemologia* da palavra medíocre, pergunto: você que estuda é o melhor aluno da sua escola/faculdade? No seu trabalho é o melhor empregado? E você, como crente é o “melhor” cristão da sua igreja? Pesemos um pouco então. Já se questionou se é o pior filho? Ou o “pior” servo da minha denominação Cristã? Talvez o pior amigo? É quase certo que as repostas foram “não” para todas as perguntas. Portanto sendo eu nem pior nem melhor, sou o que mesmo? Aceitável, intermediário, regular, e quanto ao mais sou nada mais que “um ser medíocre”.

A palavra medíocre vem do original em latim  “mediocris”. Que por sua vez deu-se origem de uma situação interessante, quando na Grécia um alpinista tentou escalar um monte e não conseguiu chegar ao topo. Ficando pelo meio do caminho, ele foi chamado de medíocre. Hoje em dia o termo é usado no sentido pejorativo, quanto fazemos algo ruim, ou até mesmo quanto somos os piores em determinada situação. A questão é “por que eu sou assim?”. O que aconteceu para que eu chegasse esse patamar da minha vida no qual não consigo ser o melhor? Ainda quando desejo ser o melhor, não para que a soberba venha a tomar conta de mim, nem tão pouco para  simplesmente ganhar dinheiro e ter uma vida melhor (pois sendo assim continuaria a ser medíocre). Costumo dizer que viver é diferente de existir, e só podemos viver quando estamos realmente glorificando o nome do Senhor nosso Deus, Todo Poderoso. E diante disso tem muita gente no nosso meio que está apenas existindo, uma vez que sua vida perdeu o sentido por conta da forma como a mediocridade tomou conta de seu coração.

A bíblia nos relata uma história de um homem que era medíocre e resolveu deixar de ser assim. Vamos prender com a parábola do Filho Pródigo. Como isso aconteceu com ele? Claro que todos nós conhecemos um pouco dessa história, mas vamos analisar uma atitude que o tirou da simples existência para uma vida de verdade. Em Lucas 15.17 está escrito: “E, tornando em si...”. Aprendemos aqui que o primeiro passo é reconhecer que não estamos bem, como dizemos tanto, precisamos “cair na real”.

Vejo que na nossa geração cair na real custa muito caro. Porque “se tocar” que dizer reconhecer que estamos errados, significa compreender que precisamos de mudança. E nem sempre todos estão dispostos a sair de sua zona de conforto e tomar uma atitude transformadora. 

 A segunda coisa que podemos aprender com esta parábola está no versículo 18 que diz assim: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei...”. Percebe-se que os verbos utilizados estão no futuro presente. A um planejamento acerca daquilo que está prestes a ser executado. Dizem por aí que “é de mais valia gastar tempo executando do que planejando”. Todavia existe sim a necessidade de se planejar para que se venha a saber o que deve ser feito. 

E uma terceira questão, não mesmo importante do que as duas primeiras, pode ser aprendida no versículo 20, que diz: “E, levantando-se, foi para seu pai”. A execução é talvez a parte mais difícil! Tenho convivido com pessoas que sabem qual o problema que as aflingem, e sabem até mesmo como resolvê-lo, mas não se dispõem a corrigir. Mas diferente delas, hoje percebi que realmente sou medíocre, que estou cansado de existir, e quero e preciso começar a viver. 
Portanto, que venhamos a compreender os planos de Deus para nossas vidas e que possamos fazer como o filho pródigo: diagnosticar o problema, planejar o precisa ser feito para que as mudanças aconteçam e fazer valer. 
*epistemologia: Filosofia. Reflexão acerca da natureza, das fases e dos mecanismos do conhecimento, nomeadamente nas correlações entre o sujeito e o objeto; teoria do conhecimento. (Dicionário Online de Português) 

Obs: Podemos continuar a conversa nos comentários ;)


  Charles Nascimento é membro da UMEC da IEC de Brejões/BA


O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!

Um comentário:

  1. Muito boa iniciativa o texto enviado pelo Charles. Precisamos querer nos livrar de nossas mediocridades. Com o passar do tempo nos acostumamos com muitas coisas, e boa parte delas, infelizmente, nos acomodam e nos deixam em uma zona de conforto. Quando não vemos motivos para melhorarmos, ou não encontramos forças para tal, se faz necessário repensar a própria vida e o que ela exige de nós. Tenhamos um 2014 cheio de novas atitudes e motivações!

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