sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um jovem rico no Divã

“Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?”
(Mateus 19:16-23)


   Um jovem príncipe! (Lc 18.18) Especificamente, um grande líder, governador ou comandante, como o próprio significado do termo “príncipe” ou “um dos principais” sugere da tradução do Grego Koiné. Um homem rico e famoso (Mt. 19:22)! O amado escritor de Jesus (Lucas) não o conhecia pessoalmente, porém ele descreve peculiaridades deste homem. Isto evidencia o quanto ele era famoso. Portanto, as pessoas o conheciam e sabiam do seu poder. Um homem moralmente correto! Procurava seguir todos os 10 mandamentos a rigor (Mt. 19:20). Não me espantaria, também, se os escritores o caracterizassem como “Homem de boa Aparência...”
   Agora, imaginem este “cara” em uma de nossas igrejas? Meu Deus! Invejado pelos homens, amado pelas mulheres... E, sinceramente, não acredito que eu esteja exagerando. Entretanto, por algum motivo, o jovem rico está com o espírito inquieto e aflito. Está claro que sua religiosidade não o deixava feliz. Mas que contradição! Imagine novamente, um grande crente, líder de ministério, um homem exemplar, afirmando na frente de todos que precisa de respostas por que a religião não mais lhe satisfaz. Imagine este homem afirmando que pretende “dar um tempo da igreja”. Infelizmente, isto é muito comum nos dias de hoje.
     O jovem rico fez o certo. Ele decidiu procurar ajudar em um Divã. Contudo, este Divã no qual buscou, não é como os divãs que vemos hoje. Não havia sofá para deitar e relaxar, nem era uma sala confortável. O clínico não se vestia bem e nem sabia técnicas de hipnose e regressão. Este clínico atendia nas ruas, nos becos, nas praças ou até mesmo em meio a um sol escaldante do deserto. O jovem rico decide se sujeitar a Jesus.
     E o rico faz a pergunta mais idiota que um jovem moralmente correto poderia fazer: que bem farei para conseguir a vida eterna?Agora eu me pergunto: Como um jovem “crente” pode fazer uma pergunta destas? Como pode um homem rico, poderoso e o melhor de tudo, “certinho” não ter certeza da eternidade? Um absurdo!
    De uma coisa o jovem rico sabia. Ele tinha a compreensão de que a vida eterna não começava após a morte. Ao contrário, por alguma razão, ele sabia que a eternidade começava antes de morrer. Mas afinal, o que é necessário para ser eterno?
      Jesus, com a mesma simplicidade da pergunta responde: “Seja rico!” Porém, o jovem rico era pobre demais para entender... Eu, de certa forma, tenho que concordar com alguns Neopentecostais. De fato, Deus não quer que seus filhos sejam pobres. A riqueza é a exigência dada por Deus para se ter a eternidade. E a riqueza que Deus quer é a riqueza da renúncia e a riqueza da servidão: “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue- me. Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens.” (Mt. 19: 20 à 22)
    Com certeza, os bens materiais acabam se tornando um grande impedimento para aqueles que desejam a eternidade. No dizer de Jesus não há como servir a Deus e ao mesmo tempo amar e servir as riquezas: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt 6.24). As riquezas tornam a Palavra de Deus infrutífera: "E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera" (mt 13.22)
  Da mesma maneira que aquele moço há muitos que se comportam como grandes religiosos. Contudo, a verdadeira vida de Deus está ausente neles! Querem uma religião que satisfaça o ego, mas optam por permanecer descompromissados com o Deus a quem servimos. O verdadeiro cristianismo envolve compromisso sério, aliança eterna. Se almejarmos servir a Deus, precisamos estar dispostos a entregar até mesmo a própria vida, se necessário for, em troca dos valores do reino. É por esta razão que Jesus disse: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á" (Mt 16.25).
   Para concluir, deixo esta citação do Apóstolo Paulo que nos falou com relação à sua própria postura, em face dos bens mundanos: "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo" (Fp 3.8). Observe que Paulo deliberadamente renunciou "todas as coisas", para viver o seu amor a Cristo. Colocando numa balança os valores que podemos ajuntar neste mundo e os valores que recebemos do Senhor, podemos ser solidários com Paulo! Certamente, os valores mundanos são "escória", "esterco", "porcaria", etc..

                                                                                  Nele, que me faz eterno a cada dia...

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