Olá pessoas! “Oia” eu aqui de novo para darmos continuidade ao nosso “review” do livro “Você Não Precisa de um Chamado Missionário”, do Yago Martins, da Editora Concílio. O último post dessa série de exposições, falamos brevemente sobre o segundo capítulo do livro.
Hoje, realizaremos uma síntese do terceiro capítulo, que é denominado de “Todo o Poder sobre os Céus e a Terra”, e por ser um capítulo um pouco mais extenso em conteúdo do que os anteriores, dividiremos em: Capítulo 3, parte 1, e Capítulo 3, parte 2. Obviamente, e logicamente que esse escrito será a parte 1.
O autor inicia demonstrando que embora o poder de Cristo fosse imensurável, e seus atos repletos de divindade, ele era limitado como homem (Fp. 2, 7). Porém, atualmente, Jesus não é mais preso às limitações humanas, não precisando mais “crescer em graça, sabedoria e estatura” (Lc. 2, 52). Sua autoridade foi plenamente restaurada. É nesse sentido que Pedro afirma que Jesus é exaltado pela destra de Deus (At. 2, 33). Quando Cristo ressuscitou, sua posição de autoridade foi restaurada e ele voltou a ser triunfante sobre todos. Desse modo, é por consequência desse momento histórico, em que Cristo é ressurreto e glorificado, que devemos ir por todo o mundo e fazer discípulos em nome dele.
Yago continua explicitando que Cristo afirma que a soberania recebida do Pai em sua ressurreição é a motivação para que façamos discípulos. Afirma o autor: “A soberania que Jesus recebeu não é só o fundamento sobre o qual nossos pés estão firmados ao pregarmos o Evangelho, mas é também o motivo pelo qual os homens devem honrar a Cristo”.
Em seguida, ele introduz a subseção em que anuncia que “Para Deus são Todas as Coisas”, explicando dois conceitos relacionados a glória de Deus: a glória ontológica e a glória atributiva. A glória ontológica é aquela que é intrínseca ao ser de Deus, ou seja, “tudo no universo pertence a Deus, acontece por meio da atuação de Deus e ocorre para Deus, e que ele é glorioso por tudo isto, quer queiramos, quer não”. Já a glória atributiva significa que mesmo Deus sendo glorioso em si mesmo (glória ontológica), somos instados a dar glória a Deus, a “fazer tudo com a consciência de “fazer para Deus”, ou seja, para sua glória”. Em suma, o que Yago quer nos passar neste fragmento do terceiro capítulo é que: “ainda que tudo o que ocorre, de algum modo, ocorre para Deus (glória ontológica), somos ordenados a fazer tudo para ele de maneira consciente e voluntária, dando glória ao seu nome (glória atributiva). O texto da Grande Comissão é uma ordem para a glória atributiva tendo como motivo a glória ontológica de Cristo”.
Desta forma, “embora tudo que acontece no universo “convirja em Cristo” (Ef. 1, 10), ele próprio nos ordena que O tenhamos como fim principal do nosso evangelismo, de modo consciente, abraçando-O como fator motivador primário para a obra missionária. A glória ontológica de Deus é imutável, sem qualquer variação. Porém, a glória atributiva pode diminuir ou aumentar na medida em que vamos dando glória a Deus em nossas vidas”.
Portanto, “antes de irmos pregar o evangelho, devemos ter em mente que toda a obra missionária é para ele”. O autor recorda que a obra que Jesus recebeu do Pai foi a de glorifica-lo (Jo 17, 4). Segundo ele: “Precisamos ser como nosso Cristo, que era tão focado na glória de Deus que podia declarar com confiança: “minha comida é fazer a vontade de meu Pai” (Jo 4, 34) ”.
Segundo Yago, “ao observarmos atentamente a Escritura, não é difícil percebermos que, como diz John Piper, “o alvo principal de Deus é manter e demonstrar a glória do seu nome”, o que também é expresso por Jonathan Edwards: “A grande finalidade das obras de Deus, expressas na Bíblia de modo diverso, é, de fato, apenas uma; e essa finalidade única é chamada, do modo mais apropriado e compreensível, de A Glória de Deus”.
O autor deixa claro que essas não são apenas opiniões pessoais, mas considerações pautadas numa gama imensa de textos bíblicos, como por exemplo, Isaias 48. Conforme Yago, “essas são palavras fortes: “Por amor do meu nome… por amor do meu louvor… Por amor de mim, por amor de mim… como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem”. Se é por amor dele próprio que Deus age, como podemos pôr os homens como o fim principal das ações do Senhor? ”.
Yago expõe as palavras do Dr. Russell Shedd dizendo que “estabelecer a glória de Deus como prioridade absoluta significa que as prioridades de Deus deveriam ser as nossas”. Logo, precisamos estar motivados pela vontade de que os povos conheçam a Deus, para a glória de Deus.
Martyn Lloyd-Jones afirma: “O objetivo supremo desta obra [pregação do evangelho] é glorificar a Deus. Esse é o ponto central. Esse é o objetivo que deve dominar e sobrepujar todos os demais. O primeiro objetivo da pregação do evangelho não é salvar almas; é glorificar a Deus. Não se tolerará que nenhuma outra coisa, por melhor que seja nem por mais nobre, usurpe esse primeiro lugar”.
O autor relembra que “Cheeseman nos ajuda a ver que essas não são apenas “discussões teológicas” ou “controvérsias secundárias”, mas questões profundamente práticas que mudam o dia a dia de nosso cristianismo e o modo pelo qual vivemos nossa fé. Se sua motivação missionária são os elogios, você vai se sentir desmotivado quando o mundo te perseguir. Se sua motivação missionária é a obediência aos pastores, você vai se sentir desmotivado quando eles não valorizarem seus sacrifícios. Se sua motivação missionária é a salvação de almas, você vai se sentir desmotivado quando as conversões forem poucas. Ponha sua motivação na propagação da glória de Deus e a imutável autoridade de Cristo dará um ardor perene à sua alma”.
É com esse trecho que o autor fecha a subseção do Capítulo 3 “ Para Ele são Todas as Coisas”, que como falei no início, é um pouco grande todo o capítulo. Assim, fechamos a parte 1 do Capítulo 3 do livro do Yago Martins, “Você Não Precisa de Um Chamado Missionário, da Editora Concílio.
Um abraço povo, e até a próxima, se Deus permitir!
Referência bibliográfica:
Martins, Yago, Você não precisa de um chamado missionário. — 2. ed. — Niterói, RJ : Editora Concílio, 2016.
Hoje, realizaremos uma síntese do terceiro capítulo, que é denominado de “Todo o Poder sobre os Céus e a Terra”, e por ser um capítulo um pouco mais extenso em conteúdo do que os anteriores, dividiremos em: Capítulo 3, parte 1, e Capítulo 3, parte 2. Obviamente, e logicamente que esse escrito será a parte 1.
O autor inicia demonstrando que embora o poder de Cristo fosse imensurável, e seus atos repletos de divindade, ele era limitado como homem (Fp. 2, 7). Porém, atualmente, Jesus não é mais preso às limitações humanas, não precisando mais “crescer em graça, sabedoria e estatura” (Lc. 2, 52). Sua autoridade foi plenamente restaurada. É nesse sentido que Pedro afirma que Jesus é exaltado pela destra de Deus (At. 2, 33). Quando Cristo ressuscitou, sua posição de autoridade foi restaurada e ele voltou a ser triunfante sobre todos. Desse modo, é por consequência desse momento histórico, em que Cristo é ressurreto e glorificado, que devemos ir por todo o mundo e fazer discípulos em nome dele.
Yago continua explicitando que Cristo afirma que a soberania recebida do Pai em sua ressurreição é a motivação para que façamos discípulos. Afirma o autor: “A soberania que Jesus recebeu não é só o fundamento sobre o qual nossos pés estão firmados ao pregarmos o Evangelho, mas é também o motivo pelo qual os homens devem honrar a Cristo”.
Em seguida, ele introduz a subseção em que anuncia que “Para Deus são Todas as Coisas”, explicando dois conceitos relacionados a glória de Deus: a glória ontológica e a glória atributiva. A glória ontológica é aquela que é intrínseca ao ser de Deus, ou seja, “tudo no universo pertence a Deus, acontece por meio da atuação de Deus e ocorre para Deus, e que ele é glorioso por tudo isto, quer queiramos, quer não”. Já a glória atributiva significa que mesmo Deus sendo glorioso em si mesmo (glória ontológica), somos instados a dar glória a Deus, a “fazer tudo com a consciência de “fazer para Deus”, ou seja, para sua glória”. Em suma, o que Yago quer nos passar neste fragmento do terceiro capítulo é que: “ainda que tudo o que ocorre, de algum modo, ocorre para Deus (glória ontológica), somos ordenados a fazer tudo para ele de maneira consciente e voluntária, dando glória ao seu nome (glória atributiva). O texto da Grande Comissão é uma ordem para a glória atributiva tendo como motivo a glória ontológica de Cristo”.
Desta forma, “embora tudo que acontece no universo “convirja em Cristo” (Ef. 1, 10), ele próprio nos ordena que O tenhamos como fim principal do nosso evangelismo, de modo consciente, abraçando-O como fator motivador primário para a obra missionária. A glória ontológica de Deus é imutável, sem qualquer variação. Porém, a glória atributiva pode diminuir ou aumentar na medida em que vamos dando glória a Deus em nossas vidas”.
Portanto, “antes de irmos pregar o evangelho, devemos ter em mente que toda a obra missionária é para ele”. O autor recorda que a obra que Jesus recebeu do Pai foi a de glorifica-lo (Jo 17, 4). Segundo ele: “Precisamos ser como nosso Cristo, que era tão focado na glória de Deus que podia declarar com confiança: “minha comida é fazer a vontade de meu Pai” (Jo 4, 34) ”.
Segundo Yago, “ao observarmos atentamente a Escritura, não é difícil percebermos que, como diz John Piper, “o alvo principal de Deus é manter e demonstrar a glória do seu nome”, o que também é expresso por Jonathan Edwards: “A grande finalidade das obras de Deus, expressas na Bíblia de modo diverso, é, de fato, apenas uma; e essa finalidade única é chamada, do modo mais apropriado e compreensível, de A Glória de Deus”.
O autor deixa claro que essas não são apenas opiniões pessoais, mas considerações pautadas numa gama imensa de textos bíblicos, como por exemplo, Isaias 48. Conforme Yago, “essas são palavras fortes: “Por amor do meu nome… por amor do meu louvor… Por amor de mim, por amor de mim… como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem”. Se é por amor dele próprio que Deus age, como podemos pôr os homens como o fim principal das ações do Senhor? ”.
Yago expõe as palavras do Dr. Russell Shedd dizendo que “estabelecer a glória de Deus como prioridade absoluta significa que as prioridades de Deus deveriam ser as nossas”. Logo, precisamos estar motivados pela vontade de que os povos conheçam a Deus, para a glória de Deus.
Martyn Lloyd-Jones afirma: “O objetivo supremo desta obra [pregação do evangelho] é glorificar a Deus. Esse é o ponto central. Esse é o objetivo que deve dominar e sobrepujar todos os demais. O primeiro objetivo da pregação do evangelho não é salvar almas; é glorificar a Deus. Não se tolerará que nenhuma outra coisa, por melhor que seja nem por mais nobre, usurpe esse primeiro lugar”.
O autor relembra que “Cheeseman nos ajuda a ver que essas não são apenas “discussões teológicas” ou “controvérsias secundárias”, mas questões profundamente práticas que mudam o dia a dia de nosso cristianismo e o modo pelo qual vivemos nossa fé. Se sua motivação missionária são os elogios, você vai se sentir desmotivado quando o mundo te perseguir. Se sua motivação missionária é a obediência aos pastores, você vai se sentir desmotivado quando eles não valorizarem seus sacrifícios. Se sua motivação missionária é a salvação de almas, você vai se sentir desmotivado quando as conversões forem poucas. Ponha sua motivação na propagação da glória de Deus e a imutável autoridade de Cristo dará um ardor perene à sua alma”.
É com esse trecho que o autor fecha a subseção do Capítulo 3 “ Para Ele são Todas as Coisas”, que como falei no início, é um pouco grande todo o capítulo. Assim, fechamos a parte 1 do Capítulo 3 do livro do Yago Martins, “Você Não Precisa de Um Chamado Missionário, da Editora Concílio.
Um abraço povo, e até a próxima, se Deus permitir!
Referência bibliográfica:
Martins, Yago, Você não precisa de um chamado missionário. — 2. ed. — Niterói, RJ : Editora Concílio, 2016.
Arthur Galvão
O SENHOR É A NOSSA FORÇA, O NOSSO CÂNTICO E A NOSSA SALVAÇÃO!